Afinal, não há liquido gástrico capaz de fazer com que seja digerida a idiotice alheia enfiada goela abaixo no transcorrer dos dias, assim como não há lavagem cerebral que possibilite a aceitação amigável da mesma, e muito menos artifício psicológico para fazer com que se acredite que seja o interlocutor do idiota o individuo responsável por desenvolver o autocontrole e a paciência para não atear fogo neste.
sábado, 11 de agosto de 2012
Calar os tolos! Imperativo de
cunho ditatorial que extrapola o âmbito do meramente apreciável e necessário,
para adentrar ao rol do imprescindível na manutenção da espécie!
Afinal, não há liquido gástrico capaz de fazer com que seja digerida a idiotice alheia enfiada goela abaixo no transcorrer dos dias, assim como não há lavagem cerebral que possibilite a aceitação amigável da mesma, e muito menos artifício psicológico para fazer com que se acredite que seja o interlocutor do idiota o individuo responsável por desenvolver o autocontrole e a paciência para não atear fogo neste.
Afinal, não há liquido gástrico capaz de fazer com que seja digerida a idiotice alheia enfiada goela abaixo no transcorrer dos dias, assim como não há lavagem cerebral que possibilite a aceitação amigável da mesma, e muito menos artifício psicológico para fazer com que se acredite que seja o interlocutor do idiota o individuo responsável por desenvolver o autocontrole e a paciência para não atear fogo neste.
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE X
Há os que vivem da afetividade torpe despendida por
medíocres bajuladores que empenhoram sua alma em troca em favores baratos, e
manifestam seu ódio contra aqueles que possuem postura diferenciada, na mesma
proporção da imensurável pobreza de espírito que carregam.
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE IX
De modo geral as diferenças que existem entre as pessoas não passam de ínfimos detalhes que se dissolvem no aparato cultural que mantém toda a estrutura societária, contudo, nota-se o quão substancial podem ser essas diferenças no momento exato em que você se depara com tais variações, quando as mesmas se relacionam ao que refere à disparidade intelectual e moral.
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE VIII
Inúmeras são as voltas dadas pela vida, imprevisíveis pela nossa idealização e verbalização sobre aquilo que não conhecemos, e previsíveis pelo protocolo de todos os dias de todas as vidas em todas as épocas.
terça-feira, 24 de julho de 2012
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE VII
Humanidade: Um amontoado de
iguais que sobrevivem no e do autoengano, na tentativa de buscar ressaltar
aquilo que supõe possuir de excêntrico e diferenciado, para posteriormente se
juntar a outro amontoado de iguais em proporção reduzida, com a única
finalidade de poder ter legitimado aquilo que imagina sustentar o seu império
ideal.
E na primeira catástrofe, tudo se
dissolve e nos vemos como um, e nesta unidade, identificamos o angustiante nada
que somos.
sábado, 21 de julho de 2012
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE VI
No fim de todo prognóstico as pessoas não passam de
toscas nos desvarios demonstrativos e espontâneos de si. Todos animalescos, com
variações deveras imperceptíveis de grau de domesticação
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE V
O ápice da tolice é o ponto
culminante dos seres demasiado comunicativos.
Não há quem tenha tanto a ser
dito, e não perdura a sabedoria que se vocifera no cotidiano.
E aquele que não reverencia
periodicamente o silêncio e a observação de si, a análise minimalista e
ponderada do outro, e o reconhecimento trabalhoso por desgastante e contínuo de
todo terreno que pisa, por conta da própria metamorfose do mesmo: Chafurda na
ignorância, e vegeta nas fezes cotidianas.
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE IV
Pobre animal humano que tem como marca
primordial de sua racionalidade a necessidade grotescamente ridícula e
irritante de reconhecimento.
Ridícula pela negação persistente
da própria condição medíocre e angustiante da matéria da qual é composto, e das
manifestações irrisórias de nossas virtudes, que além de poucas e parcas, são
precárias, dissolvem-se com o passar dos dias no percurso da existência.
Irritante por tratar-se de uma
exposição de egos; e um ego nunca está verdadeiramente disposto ao árduo
trabalho de receber e digerir as manifestações egoisticamente egóicas do outro.
Históricas batalhas de exposição de si; poucos holofotes para tantos supostos
seres dignos de receber um foco de luz.
E a aceitação da insignificância
tarda, e quando chega, pena-se para viver e procrastina-se de maneira
perturbadora para morrer, perdurando a indignidade de tudo que há de humano.
PEQUENO TRATADO COTIDINO ACERCA DA HUMANIDADE III
E
preciso estar livre e aberto
à contradição
É
necessário aceitar as condicionantes
do pensamento
Que resulta na manutenção deste
em constante fluxo
Mas
a espécie tende a inércia
Motivados pela aversão a
toda espécie de mudança
sexta-feira, 13 de julho de 2012
PEQUENO TRATADO COTIDIANO ACERCA DA HUMANIDADE II
E
isso são os seres:
Profissionalizados
em sua hipocrisia
Especializados
em sua covardia
Hipocrisia
para com o entendimento daquilo que vêem
Covardia
na aceitação do entendimento daquilo que constatam
E
todos somos mestres da enganação e do autoengano
terça-feira, 10 de julho de 2012
Pequeno tratado cotidiano acerca da humanidade
Tantos seres envoltos por essa aura de busca pela beleza
Quão irritáveis são quando questionados em suas motivações
Quão inconsistentes seus argumentos quanto ao que pensam mover seus atos
E quão irritante essa inconsciência e negação da burrice em que consistem
Quão irritáveis são quando questionados em suas motivações
Quão inconsistentes seus argumentos quanto ao que pensam mover seus atos
E quão irritante essa inconsciência e negação da burrice em que consistem
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Da humanidade [e dos humanos]
Com a total miséria do intelecto
dos interlocutores
produzidos em massa
pela humanidade que subsiste
com o arrastar de mentiras torpes
e verdades porcas,
a comunicação tem se
tornado uma arte
digna de adentrar ao campo das impossibilidades.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Ao meu, e ao meu eu, presentes...
entenda, meu amor
que essa melancolia que por hora me arrasta
me coloca em contato com a minha natureza
que de bela tem as formas sublimes das sombras
que meu peito por receio se cala
e todas as coisas que outrora eram ditas
e que momentaneamente silenciam
não transcendem o desejo que se expressa
no que há de suposto como trivial
no que é dito com distorção dos impulsos racionais
no que se mostra deformado pela cotidianidade
mas não atinge, porque deveras não alcança
o que se chama das mais variadas formas
mas que se entende no que há de comum
e por demasiado belo, não menos devastador
- aquilo que se chama desejo,
aquilo que se manifesta no calor dos corpos
no apertar de um beijo
como o mais profundo e diverso amor.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
"Em certo momento ficou evidente que o homem evoluiu do macaco. Como é evidente, agora, já estar voltando"
Doa-se um cérebro para fins de peso de papel!
Afinal, as relações humanas exigem tão pouco deste, e as manifestações de seu trabalho caíram tão por absoluto em desuso, a ponto do ser pensante tornar-se o ornitorrinco das relações, que em nossa era contemporânea, onde todos os objetos buscam determinada funcionalidade:
usemo-o para peso de papel,
e o espaço vago na que deixa na cabeça para porta trecos!
Afinal, as relações humanas exigem tão pouco deste, e as manifestações de seu trabalho caíram tão por absoluto em desuso, a ponto do ser pensante tornar-se o ornitorrinco das relações, que em nossa era contemporânea, onde todos os objetos buscam determinada funcionalidade:
usemo-o para peso de papel,
e o espaço vago na que deixa na cabeça para porta trecos!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
"Em vão, como vês, me esforcei por não me distrair. Para passar por ti como se passa por um episódio, por um acidente à beira da estrada, por uma ilusão de água num mar sem fim de areia. Eu queria só a solidão da solidão, o silêncio submerso dos dias vazios e sem destino, a consistência da água e a evidência das pedras. Eu queria um mundo sem ti nem ninguém mais, uma vida - tão merecida - feita de egoísmo e de instantes impartilháveis. Mas tu és como a anémona que segue a corrente que passa, és a lapa presa à rocha, o sulco na areia durante a maré vazia que indica o caminho de regresso ao mar, tu és a densidade da água dentro da qual eu me reencontro e me reconstruo."
Miguel Sousa Tavares
domingo, 12 de fevereiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Serás o meu amor
e estarás em tudo aquilo que flui,
do interior dos meus pensamentos genuínos
Habitarás todas as minhas manifestações
de gestos e olhares satisfatórios
Seguirás compondo meus versos
desvirtuando a minha graça
que emana da melancolia
Retirarás de mim o drama que decorre
das inconsequentes palavras frias
E se preciso for, abdico da inspiração
que a ausência de felicidade em mim se faz poesia
E eu o acompanharei humanamente
flutuando despercebida
durante a minha estadia pela vida
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