sexta-feira, 12 de agosto de 2011

marco que define objetivamente a extensão dos meus dias existindo

O dias passam, e algumas idéias não se dissipam 
como era de se esperar com o despertar da suposta maturidade
Ainda sinto o gosto agridoce da falta de compreensão que decorre:
essa insensata conjugação de nossa pequenez e de nossa singularidade

Os dias passam,
e muito do que foi, 
persiste e fica, 
entranhado, 
em todas as manifestações do ser

Elementos autênticos se camuflam em meio a artifícios, 
protegidos para virem à tona refletidamente

Os dias passam,
e o que se é, 
se aperfeiçoa, 
rumo ao nada, 

que é apenas o que inquestionavelmente resta

E fica aquela graça circunstancial 
de fazer-se no mundo,
ainda com as rédeas dessa ação, 

sem pensar que se irá de forma inevitável 
fundir-se a ele no findar do trajeto 
que abrange a todos indistintamente 
desconsiderando nossa singularidade 
e atestando a nossa pequenez

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