terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estou toda doída da vida
a vida tem me doído até as entranhas
Imperceptivelmente me tornei reluzentemente opaca
Irremediavelmente confusa e estranha

Dos que me entendiam
Hoje os entedio
Dos que me amaram
Hoje já não os amarro...

Sozinha, Querida, Solidamente sozinha
Liquidamente solitária escorrendo pelos becos da vida
Essa que me dói
Essa que me chega hostil rude e cortante

Mas eu estou bem
Eu vou ficar bem...
obviamente,
na pior das hipóteses eu morro,
ou fico com esse ar de algo sempre por terminar,
essa sensação de que a qualquer momento o meu coração vai saltar pela boca profanadora de tudo e todos... a qualquer momento meu coração se faz pedacinhos imperceptíveis até para essa minha dor persistente e incansável...

Dor de vida
Dor de ausência de vida
Dor de ânsia de vida
Dor de medo de partida...

[a dor doída da ida...

... para onde?]


Andréia, 21 de setembro de 2010

Um comentário:

Alyne Rubio disse...

Você é uma pessoa muito especial, espero não perder contato com você nunca :)