'(...) vamos nos persuadir imensamente dos acontecimentos (...) Porque excessivamente grave é a Vida...'
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
"Nunca se pode saber de antemão de que são capazes as pessoas, é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida..."
José Saramago
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Ok! Tempo, reconheço vossa supremacia, agora pode, por favor, retirar as mãos do meu pescoço?
quarta-feira, 28 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Olha, você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei pra mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Olha você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
Eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é pra valer
Olha, vem comigo aonde eu for
Seja meu amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor
- Olha - Erasmo Carlos e Chico Buarque.
Que um dia eu sonhei pra mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Olha você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
Eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é pra valer
Olha, vem comigo aonde eu for
Seja meu amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor
- Olha - Erasmo Carlos e Chico Buarque.
Do ver-se [ou pensar-se] despertando
Que a minha loucura não me pare
E que o meu medo não me cale
[Que o império das rimas primárias não se firme!]
Que a ânsia de desconstrução se instaure
Sim, essa coisa que...
...ME VENS, ME CHEGA, E ME TOMAS,
vestida de nulidade, doce e afável, ME APETECE!
E que o meu medo não me cale
[Que o império das rimas primárias não se firme!]
Que a ânsia de desconstrução se instaure
Sim, essa coisa que...
...ME VENS, ME CHEGA, E ME TOMAS,
vestida de nulidade, doce e afável, ME APETECE!
Da necessidade de despertar [ou de profundamente adormecer]
Se eu não estivesse com as mãos firmes nas rédeas da Tolice, onde chegaria?
Se soubesse me desapegar das rédeas da Tolice, onde me levaria?
- Vamos, Tolice, esforce-se, detenha-me!
[O que aflige na possibilidade de reger-se pela Tolice?
Em que consiste a repulsa pela mesma?
Por que abdicar do direito inalienável de usufruto?
- Venha, Tolice, se fores doce e afável! ]
Se soubesse me desapegar das rédeas da Tolice, onde me levaria?
- Vamos, Tolice, esforce-se, detenha-me!
[O que aflige na possibilidade de reger-se pela Tolice?
Em que consiste a repulsa pela mesma?
Por que abdicar do direito inalienável de usufruto?
- Venha, Tolice, se fores doce e afável! ]
Das sementes da Insônia
Estou a transbordar!
Sucumbiria se interrompesse tal processo?
Ou sucumbo por subsidiá-lo?
Sucumbiria se interrompesse tal processo?
Ou sucumbo por subsidiá-lo?
Dos frutos [podres?] da insônia
O mais recorrente auto-engano: Supor-se no poder do fio condutor da própria consciência. Responsabilidade da qual me privo sem pudor....
Se lhe apetece, Mente, vague!
Como queria, e por onde imaginar ser pertinente!
[O diálogo interior insiste em transcender o espaço em que pode existir com graus de periculosidade nulos, sempre querem sobressair-se, fazer-se presente.
O impulso e o fluxo vital contrariando a minha inércia empurram além...]
Se lhe apetece, Mente, vague!
Como queria, e por onde imaginar ser pertinente!
[O diálogo interior insiste em transcender o espaço em que pode existir com graus de periculosidade nulos, sempre querem sobressair-se, fazer-se presente.
O impulso e o fluxo vital contrariando a minha inércia empurram além...]
Dos frutos da insônia
Vez ou outra, invariavelmente, surge essa gritante necessidade de se esconder.
Necessidade de fuga e de abrigo.
Os paradoxos se afloram e emergem à superfície!
Vistos a olhos nu!
É tempo de esconder-se !
....para achar-se, assimilar o quem tem sido, e dentro disso, o que pode vir a ser.
Tomar conhecimento de que se está existindo...
Assustar-se com isso, retomar as antigas e eternas perplexidades... [por que não?]
Saber-se no mundo e ver o mundo em si, sem se preocupar com a relativizável possibilidade de isso ser bom ou mau...
Sabe-se apenas sendo, [e por alguns instantes isso chega a bastar.]..
É quando se nota a possibilidade de ser, longe de qualquer recurso, descolado dos artifícios, quando a naturalidade de ser simplesmente flui...
Faz-se pleno!
Necessidade de fuga e de abrigo.
Os paradoxos se afloram e emergem à superfície!
Vistos a olhos nu!
É tempo de esconder-se !
....para achar-se, assimilar o quem tem sido, e dentro disso, o que pode vir a ser.
Tomar conhecimento de que se está existindo...
Assustar-se com isso, retomar as antigas e eternas perplexidades... [por que não?]
Saber-se no mundo e ver o mundo em si, sem se preocupar com a relativizável possibilidade de isso ser bom ou mau...
Sabe-se apenas sendo, [e por alguns instantes isso chega a bastar.]..
É quando se nota a possibilidade de ser, longe de qualquer recurso, descolado dos artifícios, quando a naturalidade de ser simplesmente flui...
Faz-se pleno!
domingo, 25 de julho de 2010
Eis a questão, meu caro Tom Zé...
'Será que algum rapaz de vinte anos
vai telefonar
na hora exata em que ela estiver
com vontade de se suicidar?'
vai telefonar
na hora exata em que ela estiver
com vontade de se suicidar?'
sexta-feira, 23 de julho de 2010
- Escute-me, amigo, a lua está alta no céu. Você não tem medo? O desamparo da natureza. Esse luar, pense bem, esse luar mais branco que o rosto de um morto, tão distante e silencioso, esse luar assistiu aos gritos dos primeiros monstros sobre a terra, velou sobre as águas apaziguadas dos dilúvios e das enchentes, iluminou séculos de noites e apagou-se em seculares madrugadas... Pense, meu amigo, esse luar será o mesmo espectro tranquilo quando não mais existirem as marcas dos netos dos seus bisnetos. Humilhe-se diante dele. Você apareceu um instante e ele é sempre. Não sofre, amigo? Eu... por mim não suporto. Dói-me aqui, no centro do coração, ter que morrer um dia e, milhares de séculos depois, indiferenciado em húmus, sem olhos para o resto da eternidade, eu, EU, sem olhos para o resto da eternidade... e a lua indiferente e triunfante, mãos pálidas estendidas sobre novos homens, novas coisas, outros seres. E eu Morto! Pense amigo, Agora mesmo ela está sobre o cemitério também. O cemitério, lá onde dormem todos os que foram e nunca mais serão. Lá, onde o menor sussurro arrepia um vivo de terror e onde a tranquilidade das estrelas amordaça nossos gritos e estarrece nossos olhos. Lá, onde não se tem lágrimas nem pensamentos que exprimam a profunda miséria de acabar.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
quarta-feira, 21 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Pois é, meu caro Saramago...
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Ah! Se aqueles lábios tocassem os meus,
...da mesma forma doce macia e aveludada como aquelas palavras adentravam aos meus ouvidos,
Se aquelas mãos me tocassem,
...alvas finas e delicadas, da mesma forma acalentadora que aqueles olhos fitavam com mistério e dúvida
... Algo se faria pleno.
[Mas o discurso é inútil
As palavras são vãs e precarias
...e delas faço a corda que prazerosamente envolvo o meu pescoço... ]
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