Havia algo de bombástico naquela descoberta, depois de anos desencontrada, eis que descubro uma das coisas que fará toda essa existência incoerentemente medíocre se tornar menos (ou mais) nonsense. Nada de equívoco, estou longe de buscar ‘salvação’ nos auto-conhecimentos redentores.
Em meio a uma conversa completamente desprovida de nexo chego a uma conclusão que dias depois mudaria toda a minha concepção a meu próprio respeito, ou quem sabe seja exagero usar o termo “mudaria”, digamos que essa conclusão me direcionou a compreender alguns detalhes das minhas concepções, afinal, elas são completamente inúteis quando não compreendidas.
Estávamos andando despretensiosamente em direção ao sagrado sorvete de chocolate recheado e eis que surge uma barata que provoca um típico “piti” em um dos seres que sempre me acompanha, e eis que me vem em mente: tudo é socialmente determinado, até mesmo o medo das baratas!
Essa parte é típica de quem tem passagem pelas ciências sociais, nada inédito, inovador, ou digno de glória, certamente não será isso que me levará aos anais da história.
Convenhamos, em sociedades onde esses bichinhos resistentes à bomba atômica são servidos como refeição certamente as mulheres não sobem em cadeiras e esperam a proteção de seus respectivos machos ao vê-los.
A questão que ficou em mente se remeteu a minha posição existencial, até então eu tinha me portado como as mulheres que possuem medo dos tais seres asquerosos, grotescos, provenientes de bocas de bueiros, com um pequeno detalhe que eu vinha esquecendo sempre: Eu NÃO tenho medo de baratas!
Foi então que me vi no mundo, e a ínfima possibilidade de um caminho que me deslocaria minimamente de toda minha incoerência. Não, eu não passaria a comer baratas, já passei da fase em que buscava psicoticamente “descondicionar-me”, onde se luta de forma tão tola como um cachorro que tanta pegar o próprio rabo. O fato foi que, depois de analisar todas as nuances da questão, e as possíveis, prováveis, inquestionáveis implicações da mesma, encho a boca, cheia de si, para dizer em alto e bom som: Eu, conscientemente, pertenço da classe de mulheres que não tem medo de baratas!
Em meio a uma conversa completamente desprovida de nexo chego a uma conclusão que dias depois mudaria toda a minha concepção a meu próprio respeito, ou quem sabe seja exagero usar o termo “mudaria”, digamos que essa conclusão me direcionou a compreender alguns detalhes das minhas concepções, afinal, elas são completamente inúteis quando não compreendidas.
Estávamos andando despretensiosamente em direção ao sagrado sorvete de chocolate recheado e eis que surge uma barata que provoca um típico “piti” em um dos seres que sempre me acompanha, e eis que me vem em mente: tudo é socialmente determinado, até mesmo o medo das baratas!
Essa parte é típica de quem tem passagem pelas ciências sociais, nada inédito, inovador, ou digno de glória, certamente não será isso que me levará aos anais da história.
Convenhamos, em sociedades onde esses bichinhos resistentes à bomba atômica são servidos como refeição certamente as mulheres não sobem em cadeiras e esperam a proteção de seus respectivos machos ao vê-los.
A questão que ficou em mente se remeteu a minha posição existencial, até então eu tinha me portado como as mulheres que possuem medo dos tais seres asquerosos, grotescos, provenientes de bocas de bueiros, com um pequeno detalhe que eu vinha esquecendo sempre: Eu NÃO tenho medo de baratas!
Foi então que me vi no mundo, e a ínfima possibilidade de um caminho que me deslocaria minimamente de toda minha incoerência. Não, eu não passaria a comer baratas, já passei da fase em que buscava psicoticamente “descondicionar-me”, onde se luta de forma tão tola como um cachorro que tanta pegar o próprio rabo. O fato foi que, depois de analisar todas as nuances da questão, e as possíveis, prováveis, inquestionáveis implicações da mesma, encho a boca, cheia de si, para dizer em alto e bom som: Eu, conscientemente, pertenço da classe de mulheres que não tem medo de baratas!
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