Ela temia que a realidade continuasse sendo seus anseios ao avesso, se assustava com a possibilidade das palavras serem eternamente proferidas como ruído obrigatório, queria ouvir apenas aquilo que não fosse mera transgressão do silêncio, ansiava enfim encontrar aqueles que não se preocupavam em calar, e que diziam apenas o indispensável, queria as palavras sentidas, os diálogos secretos entre as mãos, a comunicação discreta entre os perfumes, ela só podia sentir o coração dos que não se escondiam atrás das palavras, queria um amor calmo, que desse tempo para que todos os sentidos usufruíssem do mesmo, e com a mesma intensidade. (cansou de confundir taquicardia com amor).
Um comentário:
Amor calmo...
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