quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A menos de uma semana um amigo veio me perguntar se eu conhecia o livro ‘A insustentável leveza do ser’, e isso me fez lembrar o quanto eu chorei no capitulo da morte de Karenin. Na mesma época em que li o livro, Charles, o cão mais dócil que já tive, e olha que não foram poucos, acabara de falecer, não pude conter as lagrimas, foi como se Kundera narrasse o meu próprio drama. Mas até aí tudo bem, cheguei até a sentir um conforto ao lembrar que Sofia, o mais novo animal de estimação da casa, estava esbanjando saúde. E eis que o acaso me prega mais essa peça, Sofia adoeceu, há três dias recusa alimentar-se, e tem os olhos mais tristes que já vi.

(...)

É um amor desinteressado: Tereza não pretende nada de Karenin. Nem mesmo amor ela exige. Nunca precisou fazer perguntas que atormentam os casais humanos: será que ele me ama? será que gosta mais de mim do que eu dele? terá gostado de alguém mais do que de mim?

(...)


Mas sobretudo: nenhum ser humano pode oferecer a outro o idílio. Só o animal pode, porque não foi banido do Paraíso. O amor entre o homem e um cão é idílico. É um amor sem conflitos, sem cenas dramáticas, sem evolução.
"

Um comentário:

Eros disse...

Espero que ela fique bem e você também. :*