quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"Com a mesma falta de vergonha na cara
eu procurava alento no seu último vestígio,
no território, da sua presença
Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone
 (...)
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirênes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam 
Que nasciam, que perderam,  que viveram tão depressa,
Tão depressa, tão depressadepressa demais
A vida é doce, depressa demais.
(...)
E de repente o telefone toca e é você
Do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia
Minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui
 a coisa mais brega que pousou na tua sopa. 
Me perdoa daquela expressãopré-fabricada de tédio,
 tão canastrona  
que nunca funcionou nem funciona"
(...)

Nenhum comentário: