domingo, 20 de novembro de 2011

De quando a realidade ameaça

Há quem se reconheça apenas pelos sentidos rasos
Eu me contento somente com o incompreensível e raro
E se meus pulmões não são fáceis,
 Assim como na alusão Shakesperiana
É por mostrar os dentes apenas 
Para o que emana da peculiaridade
E transcenda a alma humana

Há quem perpetue o desconhecer-se 
Por meio de série de artifícios
Eu quero o nobre sentimento obscuro
De ver-me despida de todos os recursos
E se a realidade for suficientemente torpe
Pertinente para que algo interrompa o meu curso
Encerro o meu caminho, antes que sufoque
E mergulho no mais profundo desconhecido

Do interminável percurso de não-ser

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