sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"Só quando se passa alguns meses sem ler os jornais e depois se leem todos em conjunto é que nos damos conta do tempo que perdemos com essa papelada. O mundo andou sempre dividido em partidos - hoje mais que nunca - e o jornalista, sempre que se prolonga uma situação indefinida, trata de seduzir este ou aquele partido, alimenta dia após dia a sua inclinação ou a sua repulsa por cada uma das facções, até que chega finalmente o momento em que os factos se decidem. E o acontecimento passa então a ser admirado como se fosse coisa divina."

Goethe





Não,
                                                          eu não sei das notícias populares

E não,
definitivamente,
isso não me afeta

E pouco me importa as variáveis
que de tais acarretam

Nada me dói o desprezo de seus olhares
perante a minha postura 
frente ao que nada posso

Se me julgam alienada
internalizo o personagem
e chafurdo no meu nada 

Se a postura correta é fazer-se de interessada
e emanar ares de indignada
faço pouco de vossa hipocrisia
e abstraio de vossa postura vazia 

Me alieno:
na música
na literatura
na arte
na poesia

E se não sei dos acontecimentos e mortes
anunciadas nos telejornais da noite passada
Durmo tranquila em meu conforto
"emburrecida" e alienada

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