segunda-feira, 2 de maio de 2011

Paulo César Pinheiro - Soneto do mar corrente ou do amor trágico

Chegaste estrela, foste a mais cadente
No mar corrente desta vida errante.
E em meu semblante há muito descontente
Se fez presente então paixão gigante.

Chegaste estrela, foste a mais brilhante
No mesmo instante em que fiquei contente.
Foste inocente como a flor flagrante
E foste amante por amor somente.

Chegaste estrela, foste a mais ardente
E de repente foste a mais distante
Na variante de um amor poente.

Partiste estrela, na maré vazante
E eu de amante me tornei descrente
Tragicamente, amor, tragicamente...

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