Há dias em que de nada vale tentar salvar-se pela beleza
em que nem a doçura acalma a alma epilética
Há dias em que nada abranda,
que os subterfúgios habituais já não proporcionam acalanto
Em que as pernas tremem compulsivamente sem motivo aparente
Há dias em que as mãos não descançam em busca de ocupar-se para esquecer-se
E o coração saltaria pela boca se não ficasse preso entre os dentes
Os sentidos ousam, por alguns segundos, deixar suas funcionalidades...
Os sentidos ousam, por alguns segundos, deixar suas funcionalidades...
O corpo dando sinais de que a qualquer momento será paralisado por absoluto
E a mente, na incansável contraditoriedade,
Nem ao menos apresenta indícios da possibilidade de piedosamente diminuir sua velocidade
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