segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Do árduo trabalho de [RE] [DES] organização mental...

E depois de tantos despropósitos,
pensa-se seriamente sobre o que não seria:

... sobre o que não devia
e dentro de tudo aquilo que não devia,
o que efetivamente havia?
e entre os haveres,
onde localizava-se os verdadeiros quereres?
e entre os quereres,
havia alguma satisfação nos mesmos,
ou os impulsos propulsores destes eram tão efêmeros e transitórios quanto aquilo que momentaneamente pensa que deve-se?

Se fosse capaz de abstrair por absoluto
e deixar de ser
deixar os quereres
os sentires
os haveres
[e principalmente os deveres]

Se fosse capaz de identificar o que possibilita verdadeiramente sublimar
se pudesse permanecer na superfície
se algo em mim fosse raso
se algo fosse capaz de me manter intacta perante toda essa grosseria que é a minha própria humanidade

meu estado de ser
minha condição de estar

esses condicionamentos todos
e todos aqueles dos quais fui capaz de descondicionar-se e que faz uma falta danada

tudo isso que falta de tudo aquilo que fica e tudo o que se esvai...



Descansa, Coração, e bate em paz!

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