sábado, 23 de outubro de 2010



Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meu
dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva

Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva
de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda


Maria Tereza Horta

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