quarta-feira, 7 de abril de 2010

Então as boas maneiras, amparadas pela moral judaico-cristão, advertem que não julguemos para que não sejamos julgados, certo?

Certo!? Se aos seus ouvidos isso soa como certo, meus sentimentos por vossa ingenuidade!

Primeiramente, se está se privando da doce e trabalhosa arte de julgar apenas objetivando não ser julgado, tudo indica que há elementos obscuros em seu histórico os quais necessita ocultar. Ou então, caso não se trate da roupagem de boa postura no corpo de calhorda, por que um ser desprovido de pontos a serem esclarecidos temeria o julgamento?
Não seriam esses os exemplos exímios de juízes que a humanidade necessitaria? Não seria o parecer de tais seres que nos proporcionaria uma visão ampla e acertada dos nossos delitos, e que poderia nos aplicar uma sentença verdadeiramente regeneradora?

O fato é que, há sempre vestígios de cretinagem em qualquer percurso, contudo, tal preceito do não julgar, orientado pelas boas maneiras, apenas obstaculizam as possibilidades de análise dos inevitáveis tropeços que invariavelmente se dão em pedras instransponíveis.
Se fosse o caso de tal ausência de julgamento implicar necessariamente na nulidade dos pareceres e sentenças, ok!, estaríamos resolvidos e satisfeitos!
Injurias cometidas, injurias perdoadas, e sem tramites congestionadores de ego, auto-estima e consciência!
Entretanto, nota-se que o que decorre dos não julgamentos, são as não análises dos fatos, as não possibilidades de defesa, acompanhadas dos mais reles pré-conceitos!

Se for assim, na parte que me toca: Julguem! Por obséquio!

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