quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

à uma estranha implicante

Linda Menina, a salvação nunca está exatamente onde imaginamos, muitas vezes estamos caminhando para o abismo sem nem ao menos notarmos, imaginamos uma suposta luz e a seguimos, inconsciente e inconsequentemente afundamos dentro de nós.


Perder-se pode até ser caminho, mas para onde nos leva?


"Conhecer-te a si mesmo", eis o conselho considerado mais sensato, mas a vida, essa incognita possuidora de assustadores requintes de crueldade, essa não se limita a acontecer "dentro", e quando nos voltamos muito para nós mesmos, enlouquecemos, da pior loucura, a irreverssível...


Para mim o "perder" também nunca será fácil, principalmente quando se trata deste...
Tenho o costume, quase suicida, de guardar lembranças das pessoas que passam pela minha vida. Ano passado, exatamente nessa data, recebi um email que acalentou meu coração, lembro exatamente do que senti, o que pensei, lembro do meu sorriso, da mania que eu tinha de apoiar o rosto no braço esquerdo e olhar insistentemente para lugar nenhum, bancando a reflexiva , quando na verdade apenas patinava sobre fatos e elementos triviais, coisas tão pequenas que hoje me doem tanto, não pelo significado, mas pelo tempo que me custou... De tudo isso que se passa sempre costuma restar apenas e uma dor branda, silenciosa e temporária.


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