quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

De quando me tornei massa amorfa

Tudo é irrelevante,
falar,
concordar,
se expor,
omitir-se...
o mais sensato é escolher o menos dolorido,
o menos conflitante,
aquilo que seja capaz de fazer com que você continue invisível,
imperseptível.
Não há grandes causas capazes de valer o esforço,
aliás,
não há causa nenhuma com essa capacidade.
A irreverência é uma farsa,
um problema adquirido sem nenhum benefício,
se algo provoca os seus sentidos,
dane-se,
manifestar-se de forma autêntica e sincera apenas lhe concede danos futuros,
na maioria das vezes irreversíveis.
O nó na garganta é passivel de ser engolido,
é apenas uma questão de prática,
deixar que ele se liberte,
se desate,
imobiliza partes ainda mais essenciais,
o nó apenas se estende para impossibilitar todos os outros movimentos

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