domingo, 13 de dezembro de 2009

De fato, eu não poderia deixar de concordar com a atrocidade cogitada por essa Coisa Pensante que há dentro de mim, realmente, é inegável, o convívio social nem chega a ser algo que exige tanto de nós.
Ok! Coisa Rebatedora das Questões Postas Pela Coisa Pensante, não estou entrando em contradição com meus, digamos, princípios anti-sociais, ou até mesmo essência anti-social, ou então cogitando a possibilidade de fazer-me também um néscio, definitivamente, não é disso que se trata!
Creio que o que a Coisa Pensante estava a supor sobre tal convívio refere-se ao grau de exigência dos interlocutores comuns, aqueles que costumam ser inconvenientemente postos por artimanhas malignas das idéias mirabolantes tramadas pelo Senhor Destino, juntamente com os pitacos maquiavélicos do mentecapto infante do Senhor Acaso, trata-se daqueles seres que adentram no convívio social por meios que ultrapassam a possibilidade de filtragem de qualquer seletividade, e que apenas atitudes efetivas e inquestionavelmente psicóticas os afastariam, são aquelas pessoas que costumam compor os “pacotes sociais”, ou seja, normalmente dentre os mesmos sempre há um que você verdadeiramente (e ingenuamente) resolveu conviver, mas que trazem consigo toda uma série de seres não tão agradáveis quanto você supunha. Tais pessoas costumam ser caracterizadas como: “amigos dos amigos”, “família dos amigos”, “família do respectivo cônjuge, ou aspirante ao cargo”, “colegas de trabalho”, “colegas de classe”, e mais uma quantidade incontável deles, são aquelas pessoas de teor utilitário indispensável, mas de atributos qualitativos a beira da inexistência.
Apesar de provocarem invariavelmente certa náusea, ou apenas aquele tédio com capacidade inconfundível de transformar minutos em horas, ou então de causarem com uma constância incomparável a tal a “vergonha alheia”, tais pessoas não são de todo inconvivíveis.
Sim, elas exigem que se use absolutamente toda a carga da bateria concedida pelo aparelho regulador das virtudes não concedidas e moderadas naturalmente, tanto que se faz necessário deixar o modo “paciência” em freqüência mais alta que o modo “tolerância”, “simpatia”, “cordialidade”, é imprescindível que se deixe o aparelho na tomada durante toda a noite para não se correr risco de ficar sem carga.
Contudo, tais seres não costumam ter um grau de exigência de convivência provido de muito requinte, em pouco tempo é possível perceber exatamente aquilo que esperam de nós, afinal, não se pode desprezar o fato de podermos dizer que não são todos iguais, até que são variáveis as categorias, há os que querem ouvir, os que querem ser ouvidos, os que apenas querem que estejamos próximos, os que nos usam de bengala, os que pensam ser a nossa bengala, mas não chega a ser um trabalho árduo detectar com precisão em que categoria se enquadram.
De modo geral, para garantia inquestionável que uma vida social saudável e desprovida de conflitos perturbadores e desnecessários, basta apenas selecionar algumas expressões faciais, preferencialmente algo do tipo “Monalisa” que não demonstre grandes efusividades, ter decorado meia dúzia de comentário, opiniões, conselhos, criticas, e chavões que via de regra não denota nenhum sentido que propulsiona o horror alheio. Comprovadamente, decorar as tais “frases feitas” de Augusto Cury a Pedro Bial, ainda lhe garante o troféu de Bom Moço com Aspirações Intelectuais!
Nada que uma pequena quantidade de experiências práticas testando os métodos que vierem em mente não lhe garanta elogios e bons adjetivos acompanhados de seu nome!

Um comentário:

Anônimo disse...

O passado bate à porta; vem lhe lembrar o tempo em que 'ajustes' não eram pauta pacífica.