sábado, 13 de dezembro de 2008

esse estado de expectadora da existência.
essa doce morbidez.
essa fuga em busca de uma falsa segurança no mundo interior.

[ah! a patética confissão desse desejo de fuga...
nostalgia de distância e novidade,
esse anseio por libertação, desobrigação e esquecimento!]

esse ar nas entrelinhas de texto batido de amante mal amado.
essas falsas e densas complexidades psicológicas.

[ah! como eu queria me aconchegar no seu colo acolhedor e sentir que estas a me poupar dessas presentes e futuras dores dilacerantes. olha! nada mais quero que não seja ter entre as minhas tuas mãos]

talvez eu me firme na certeza de que há sempre alguém que não vemos nos deixando flores.

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