... as luzes apagadas poupavam meus olhos da efusividade das cores, seria uma afronta qualquer objeto ao meu redor possuir algum brilho enquanto tudo que parte de mim é fosco e opaco. pensei em acender um cigarro, mas frustrantemente lembrei que não fumo. quis me embriagar. contudo. o senso de responsabilidade me fez recordar das atribuições a mim conferidas para o dia seguinte. esperei que o telefone tocasse. não. ele não tocou. colho a solidão do silêncio do telefone. do silêncio da sua voz. a noite prossegue seu percurso. tenho apenas a insônia como companheira fiel.
Só por hoje queria ter aquela voz suave novamente me dizendo:
- "Uma rosa para deixar seu dia mais bucólico"
- "Um livro para sua alma impulsiva serenar"
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