sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Alguns contam os dias que estão pertos,
outros os que estão distantes.
Tem quem se esquece de datas importantes,
e outros que relembram a todo instante.
Histórias de casais ninguém entende,
mas de amigos, tem quem aceite.

Ando ocupado,
mas fico feliz,
em saber de você.

Se já se faz um mês,
quase não percebo,
mas estive aqui,
quase sempre!

É como se estivéssemos soltos
envoltos nas leis da atração
e por um breve momento..
..perdemo-nos de vista
no lindo girar do horizonte.

Mas para onde buscar?

Se for para um dos lados,
tornarme-ei limitado.
Se viver pelos cantos,
serei envolto de prantos.

Ser esquecido é qualidade?
A pouco não terás de lembrar.

Faça-se novo cada dia,
um novo amigo, um novo lugar.

Mas quem sabe a noite traga,
um clarão que não se espera,
daqueles que nem na poesia se enxerga.
Que confunde a cada instante,
que angustia ao invés de apascentar.
O sentimento que eu sinto,
sentimento que não posso..
..pressupor pela distância.

Entre eu e você
existe o espaço entre
a terra e a lua.

Mas de onde te vejo,
desperta a vontade,
de tudo igualar.

Não pedimos mais tanta distinção,
não queremos o oposto a nossa união.
Não quero saber,
a quem tenho de me aproximar,
se a terra ou se a lua,
se ao reflexo dela ao mar.

Que me levasse ao descanço,
amaria um silêncio branco,
calmo, firme e certeiro,
sem nexo em errar.

As palavras são como enfeite,
as formas são só adornos.

A privação tem tanta realidade,
quanto a constante verdade.

Eu amo.