sábado, 9 de fevereiro de 2008

Tudo bem que por mim uma mente insana poderia se apoderar de armas biológicas ou bombas nucleares e por fim em toda humanidade, a decadência já ergueu seu império, o intelecto da maioria das pessoas já se encontra em estado deplorável e irreversível, pouco me importa o futuro da nação, a salvação do universo, e isso tudo não é egoísmo da minha parte, é só indiferença mesmo. Mas isso não significa que vou me calar ou fazer cara de paisagem frente a qualquer discurso demagogo.
A preocupação em relação a escassez dos recursos naturais tem feito surgir ditos preparados pelos meios de comunicação para disfarçar as verdadeiras causas e culpados da degradação ambiental, por pouco não se é levado a crer em coisas do tipo : 'Somos todos responsáveis', 'Só depende de nós salvar e preservar a natureza'.
Ora, deixemos de ingenuidade, estratégia antiga essa de deixar sujeitos indefinidos em frases, quem são esses 'todos' e esses 'nós' de quem depende os seres viventes?
A humanidade inteira paga as consequências da ruína da terra, da intoxicação do ar, do envenenamento da agua, dos distúrbios do clima. Mas as estatísticas confessam e os números não mentem: os dados, ocultos sob a maquiagem das palavras, revelam que 25% da humanidade é responsável por 75% dos crimes contra a natureza.
Fazendo uma comparação entre as médias do norte e do sul, cada habitante do norte consome dez vezes mais energia, dezenove vezes mais alumínio, quatorze vezes mais papel e treze vezes mais ferro e aço. Cada norte-americano lança em média no ar, vinte e duas vezes mais carbono do que um hindu e treze vezes mais do que um brasileiro.
As empresas que mais devastam o planeta, são as que mais dinheiro ganham, e também são as que mais gastam em publicidade, que milagrosamente transforma a contaminação em filantropia.
Fiquem a vontade com suas atuações, o monopólio já está conquistado, a população já se tornou povo, a humanidade já está massificada, mas poupem os ouvidos daqueles que são ao menos um pouco esclarecidos de tanta hipocrisia, definam os sujeitos, por favor.

Um comentário:

Luiselza Pinto disse...

O bônus é de pouquíssimos; o ônus de muitos e, a longo prazo, de todos. Canzian toca suas palavras: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/fernandocanzian/ult1470u369603.shtml