quarta-feira, 30 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Fumam à janela, o vento frio
desfaz o fumo, os dedos tremem.
Não sabem uns dos outros,
espalhados pela cidade, mas
procuram as luzes ainda acesas
noutras casas. Noite dentro,
o silêncio dos que dormem
é uma afronta, desleixo pueril
de quem consegue ignorar
as facadas do tempo, a areia
entre os dedos, o sobressalto.
José Mário Silva
desfaz o fumo, os dedos tremem.
Não sabem uns dos outros,
espalhados pela cidade, mas
procuram as luzes ainda acesas
noutras casas. Noite dentro,
o silêncio dos que dormem
é uma afronta, desleixo pueril
de quem consegue ignorar
as facadas do tempo, a areia
entre os dedos, o sobressalto.
José Mário Silva
“(…) Acreditar na multidão é excelente. Mas, no dia em que a multidão falha, se o homem não acredita em si, toda a sua vida falha também.
Viver com a multidão é excelente. Mas quando se pode viver também sem ela, quando a sua perda é capaz de não deixar desespero: quando se participa do seu convívio, sem, no entanto, se ficar nessa dependência miserável que oprime e escraviza, e torna infelizes as criaturas quando não encontram um apoio em redor de si.
Servir à multidão é excelente. Mas sem ser pela recompensa que venha. Única maneira de resistir, se ela não vier.
O homem mais forte é o homem capaz de saber ficar mais só. É o homem que vence os infortúnios, excedendo em virtude o que eles trouxerem em dimensões. (…)”
Viver com a multidão é excelente. Mas quando se pode viver também sem ela, quando a sua perda é capaz de não deixar desespero: quando se participa do seu convívio, sem, no entanto, se ficar nessa dependência miserável que oprime e escraviza, e torna infelizes as criaturas quando não encontram um apoio em redor de si.
Servir à multidão é excelente. Mas sem ser pela recompensa que venha. Única maneira de resistir, se ela não vier.
O homem mais forte é o homem capaz de saber ficar mais só. É o homem que vence os infortúnios, excedendo em virtude o que eles trouxerem em dimensões. (…)”
MEIRELRES, Cecília, Crônicas de educação
Cecília Meireles (Rio de Janeiro, 7/11/1901 – Rio de Janeiro, 9/11/1964)
sexta-feira, 18 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
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