segunda-feira, 28 de abril de 2008


e de repende já não era mais possível fingir nem fugir nem pedir perdão ou tentar voltar...

sábado, 26 de abril de 2008

E como escreveu Charles Baudelaire: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Via seu espaço : aquele silêncio fazendo cama para solidão; a certeza da segurança que vai além de chaves e fechaduras; a desesperança de qualquer visita ou mágoa sem aviso prévio. Assim era a menina: excessivamente só. Insistia na solidão, afinal, era muito mais tranquila a sobrevivência longe do convívio com as pessoas do mundo. Evitava a intimidade. Encontrava em curtas saudações uma maneira fácil e prática de lidar com as situações cotidianas. Por isso, esforçava-se ao esboçar expressões como: "Boa Tarde", "Como Vai?" e "Até logo". E era só. Nos momentos de crise, sentia-se melhor ao constatar que poderia, a qualquer momento, optar pelo abandono de si mesma. Fazia-se livre para se reinventar como melhor lhe conviesse. Escolhera viver só. Achava mesmo que estaria melhor consigo própria do que com alguém que estivesse ali somente para ocupar um lugar no espaço.
''Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia.''
C.F.A.

sábado, 19 de abril de 2008

Há sempre um momento exato em que matamos as pessoas dentro de nós, a questão é que quase sempre passamos despercebidos por esses momentos, então atribuimos o esquecimento ou a desimportância de algo ou alguém há todo um processo mental gradativo.
"(...)Nas bochecahas a caimbra de uma alegria incompleta
Nada como um sorriso burro e paranóico
Para não perceber a velocidade terrível da queda(...)"

sexta-feira, 18 de abril de 2008







Um dia desses,
eu separo um tempinhoe ponho em dia todos os choros
que não tenho tido tempo de chorar.
Carlos Drummond Andrade





sexta-feira, 11 de abril de 2008

Vive-se bem na mediocridade da vida irrefletida.

terça-feira, 8 de abril de 2008

"Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes diante de seres humanos bons e maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual."

Henry Chinaski (Charles Bukowski)